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HPV (Papiloma Vírus Humano)

QUAIS SÃO OS TIPOS E DIFERENÇAS?

Existem os HPV de baixo risco, que são os responsáveis pela formação das lesões verrucosas (condilomas acuminados). Esses subtipos não tem potencial de gerar neoplasia.
Já os subtipos oncogênicos (também chamados de alto risco) são aqueles que podem desencadear neoplasias (vulvares, vaginais e cervicais).

Locais de Acometimento

O HPV pode acometer todo o trato genital inferior (vulva, vaginal e colo uterino), porém tem forte tropismo pelas células do colo uterino (subtipos oncogênicos).

Coilocitose:

Efeito citopático causado pela infecção por HPV.

Efeito neoplásico:

Possibilidade de causar neoplasia intraepitelial cervical.

Como Diagnosticas as Alterações ?

Deve-se realizar anualmente o exame de colpocitologia oncótica (Papanicolau).

Achados na Colpocitologia Oncótica

 (nem sempre são alterações induzidas pelo HPV):

ASC-US: Atipia de células escamosas de significado indeterminado, não neoplásica.

Repetir o Papanicolau em 6 meses e, se repetir ASC-US, encaminhar para colposcopia.

ASC-H: Atipias de células escamosas de alto grau, em que não se pode excluir lesões de alto grau.

Encaminhar diretamente para colposcopia e realizar biópsia se aparesentar alteração.

AGC: Atipia de células glandulares de significado incerto.

Encaminhar diretamente para colposcopia.

O Que é a Neoplasia Intraepitelial Cervical ?

São alterações celulares provocadas pela infecção do HPV no colo uterino, sendo classificadas em:

NIC I (baixo grau)
NIC II e NIC III (alto grau):

são consideradas lesões precursoras de neoplasia do colo uterino

Essa classificação se baseia no grau de alteração (infiltração) promovido pela infecção no colo do útero.

E Como Deve Ser Feito o Seguimento e Tratamento ?

Em pacientes com alteração de baixo grau (NIC I), as lesões em geral evoluem com regressão completa. Sendo assim, devem realizar novo exame de controle (colpocitologia oncótica + colposcopia) em 6 meses. A biópsia, quando realizada, traz o resultado definitivo (histológico).
Caso haja persistência dessa lesão em 2 anos de seguimento, essa paciente deve ser submetida a cirurgia de conização.
Pacientes que durante os exames de rastreio foram identificadas com lesões NIC II e NIC III devem ser encaminhadas diretamente para realização de conização.

Qual a Técnica Cirúrgica ?

Procedimento geralmente realizado em centro cirúrgico com anestesia.

Conização a frio (com lâmina de bisturi)

*Preservação das margens cirúrgicas;
*Quando a lesão não é totalmente visível à colposcopia e/ou quando acomete o epitélio glandular (endocervical);
*Deve ser realizada na suspeita de invasão ou quando a curetagem de canal endocervical é positiva para células neoplásicas.

CAF (conização com alça de alta frequência)

*Quando todas as margens da lesão são identificadas;
*Margens cirúrgicas cauterizadas/carbonizadas;
*Não deve ser realizada quando houver suspeita de invasão.

Vacinação

A vacina disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) é a vacina quadrivalente, contendo os subtipos mais comuns (6 e 11, não oncogênicos; 16 e 18, oncogênico).
Atualmente já temos no mercado brasileiro a vacina nonavalente, cobrindo mais subtipos de alto e baixo risco.
Preconiza-se a vacinação para meninos e meninas a partir dos 9 até os 15 anos de idade. Em algumas situações, essa faixa de idade é estendida até aos 26 anos.
A vacina anti-HPV contém partículas semelhantes a vírus (capsídeo viral sem o código genético). Sua administração é intramuscular, sendo feita a dose inicial, seguida pela segunda dose 2 meses após e a última dose 6 meses após a primeira dose.
Apesar de ser idealmente indicada para pacientes virgos (que ainda não iniciaram sua vida sexual), todas pacientes com até 45 anos de idade podem receber a vacina, que não elimina eventuais vírus que a paciente já tenha contraído por contato prévio, porém garante proteção contra os demais subtipos presentes na composição da vacina, além da possibilidade de imunidade cruzada com outros subtipos por efeito da vacinação.