O que é uma gravidez ectópica?
Uma gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fertilizado se implanta fora da cavidade uterina. Os locais mais comuns onde ocorrem essas gravidezes são nas tubas uterinas, mas também podem ocorrer no colo do útero, na cavidade abdominal ou até mesmo na cicatriz de uma cesárea anterior. Essa condição é considerada uma emergência médica, pois pode representar um risco para a saúde da mulher.
Quais são os sintomas?
A suspeita de uma gravidez ectópica é baseada em uma tríade clássica de sintomas: atraso menstrual, sangramento e dor abdominal. Caso você apresente esses sintomas, é importante buscar atendimento médico imediatamente para uma avaliação adequada.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da gravidez ectópica é confirmado através de exames físicos, como o exame de ultrassonografia, e do exame de Beta-HCG, que é considerado o padrão-ouro. Quando o valor do Beta-HCG quantitativo é superior a 2000 e não são identificadas estruturas dentro do útero, existe uma suspeita de gravidez ectópica.
Quais são os fatores de risco?
Algumas condições aumentam o risco de uma mulher desenvolver uma gravidez ectópica. São elas: histórico de gravidez ectópica anterior, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais, falta de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e histórico de doença inflamatória pélvica. É importante ressaltar que, apesar do uso de anticoncepcionais hormonais, como o DIU, ser considerado um fator de risco, as gravidezes ectópicas ocorrem com maior frequência em mulheres que não utilizam métodos contraceptivos.
Quais são as opções de tratamento?
Existem três opções de tratamento para a gravidez ectópica: expectante, medicamentosa e cirúrgica.
Conduta Expectante
A conduta expectante é adotada quando a gravidez ectópica apresenta critérios específicos, como um tamanho menor do que 4 cm, estabilidade hemodinâmica, quantidade reduzida de líquido na cavidade pélvica e um valor decrescente de Beta-HCG menor do que 5000. Nesses casos, a paciente pode ser acompanhada com exames de reavaliação a cada 2 ou 3 dias para acompanhar a evolução da gravidez ectópica para um aborto tubário.
Tratamento Medicamentoso
Para pacientes que preenchem critérios semelhantes aos da conduta expectante, mas com um valor de Beta-HCG que continua crescendo, pode ser indicado o uso de uma medicação chamada metotrexato. Essa medicação pode ser administrada em dose única ou em dias alternados. No entanto, é importante destacar que o uso do metotrexato pode ter efeitos colaterais e a paciente deve ser devidamente monitorada durante o tratamento.
Tratamento Cirúrgico
Em casos de instabilidade hemodinâmica, a paciente deve ser submetida a uma cirurgia de urgência, conhecida como laparotomia, para a resolução imediata do quadro. Já a laparoscopia é indicada para pacientes que apresentam estabilidade hemodinâmica e uma alteração da gravidez ectópica sem um sangramento intenso. Durante a laparoscopia, é possível realizar a salpingostomia, que consiste na retirada apenas da gravidez ectópica, ou, caso não seja possível preservar a trompa uterina, pode ser necessária a salpingectomia, que envolve a remoção de um fragmento da trompa uterina.
Vantagens da laparoscopia
A laparoscopia apresenta diversas vantagens em relação à laparotomia. Entre elas estão um campo de visão adequado, cirurgia com menor tempo de duração, menos sangramento, menor risco de infecção, menor tempo de internação e um retorno mais rápido às atividades cotidianas. Além disso, a laparoscopia é considerada uma cirurgia minimamente invasiva, o que contribui para a satisfação da paciente.
Conclusão
A gravidez ectópica é uma condição séria que requer atenção médica imediata. É importante estar ciente dos sintomas e fatores de risco, e buscar atendimento médico caso ocorra algum atraso menstrual, sangramento ou dor abdominal. O diagnóstico correto é fundamental para o tratamento adequado da gravidez ectópica, que pode envolver conduta expectante, tratamento medicamentoso ou cirúrgico. A laparoscopia é uma opção de tratamento com diversas vantagens em relação à laparotomia. Se você deseja receber mais informações sobre esse e outros temas, não deixe de nos seguir nas redes sociais.