O que é Placenta Prévia?
A placenta prévia é uma condição em que a placenta se fixa na região do segmento uterino, também conhecida como a parte inferior do útero. Existem diferentes classificações para a placenta prévia, dependendo da extensão em que ela cobre o colo do útero.
A placenta prévia total ocorre quando a placenta recobre completamente o orifício do colo do útero. Já a placenta prévia parcial acontece quando a placenta recobre parcialmente o orifício interno do colo do útero. Existem também casos em que a placenta está localizada na região baixa do útero, mas não recobre o orifício interno do colo, sendo conhecida como placenta de inserção baixa ou placenta marginal.
É importante ressaltar que quando a placenta está localizada a uma distância maior que dois centímetros do colo do útero, é considerada uma localização normal e o diagnóstico de placenta prévia é excluído.
Quais são as consequências da Placenta Prévia?
As pacientes com placenta prévia têm um risco aumentado de sangramento, que pode ocorrer durante a gestação, no momento do parto e também no pós-parto. Além disso, essas pacientes têm um maior risco de intervenções médicas, como a realização de uma histerectomia (remoção do útero) durante o parto, ligadura de vasos uterinos, artérias uterinas, artérias hipogástricas, ou até mesmo a embolização de vasos pélvicos.
A placenta prévia também pode trazer complicações para o bebê, como prematuridade, anemia e hipóxia. Portanto, é necessário um acompanhamento adequado dessas pacientes para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê.
Como é feito o diagnóstico da Placenta Prévia?
O diagnóstico da placenta prévia é realizado por meio de exames clínicos e de imagem. A ultrassonografia transvaginal é considerada o padrão ouro para o diagnóstico, quando realizada por um médico especializado e experiente.
É recomendado que as pacientes assintomáticas realizem o ultrassom por volta das 28 semanas de gestação para confirmar o diagnóstico. Em caso de dúvida, a ressonância magnética também pode ser utilizada como auxílio no diagnóstico.
Como é o seguimento da paciente com Placenta Prévia?
As pacientes com placenta prévia devem seguir algumas recomendações para evitar complicações. É importante que a paciente descanse e evite atividades físicas intensas, relações sexuais e qualquer coisa que possa predispor sangramento vaginal.
Caso a paciente apresente um sangramento com as características descritas anteriormente, vermelho vivo e indolor, ela deve procurar imediatamente o pronto-socorro.
Além disso, as pacientes com diagnóstico de placenta prévia e contrações devem ser avaliadas no pronto-socorro para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê.
Por que a Placenta Prévia é uma preocupação atualmente?
A incidência de placenta prévia tem aumentado devido ao aumento da idade materna durante a gravidez. Muitas mulheres estão priorizando a carreira e adiando a maternidade para uma idade mais avançada, o que aumenta o risco de placenta prévia.
Além disso, cirurgias ginecológicas, como a miomectomia e a polipectomia, e a realização de cesarianas também estão associadas a um maior risco de placenta prévia.
Pacientes tabagistas, multíparas e aquelas que já tiveram placenta prévia em gestações anteriores também apresentam um risco aumentado.
Como é programado o parto para pacientes com Placenta Prévia?
Para pacientes que tiveram um sangramento vaginal que cessou espontaneamente e não apresentam mais episódios após 48 horas, é possível que sejam acompanhadas em ambiente domiciliar, desde que estejam bem orientadas e tenham capacidade de chegar rapidamente a um serviço de saúde em caso de necessidade.
Já as pacientes que apresentam um sangramento constante precisam ficar internadas para observação e acompanhamento. Qualquer sinal de alteração na estabilidade da mãe ou na vitalidade fetal indica a realização de uma cesariana para garantir um desfecho favorável.
É importante ressaltar que pacientes prematuras extremas, entre 25 e 34 semanas, que apresentam sintomas de sangramento e outros sinais de alarme, devem receber uma injeção de corticoide para auxiliar na maturação pulmonar do bebê e prevenir complicações como hemorragia intracraniana e enterocolite.
É necessário realizar cesariana em pacientes com Placenta Marginal?
Estudos têm mostrado que pacientes com placenta marginal podem ter parto vaginal, desde que exista indicação obstétrica e o desejo da mãe. No entanto, é fundamental que todos os exames estejam dentro da normalidade para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê.
Qual é a maior complicação da Placenta Prévia?
O maior medo das pacientes com placenta prévia é o desenvolvimento de acretismo placentário, que ocorre devido à infiltração da placenta na parede do útero. Isso pode dificultar ou até impedir o seu descolamento após o parto. No entanto, esse é um assunto para um próximo vídeo.
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