COMO OCORRE?
A infecção do trato urinário (ITU) ocorre por ascensão de bactérias patogênicas pelo trato urinário (isto é, bactérias que não fazem parte da flora normal da região periuretral). Podem acometer a parte “baixa” (uretra e bexiga) ou a parte “alta” (rins e ureteres). Por fim, a virulência das bactérias e a imunidade do paciente são fatores cruciais na evolução da doença.
O microrganismo mais comum: Escherichia coli (ou, E. coli)
Quando acometem o trato urinário baixo, os sintomas incluem: dor para urinar (disúria), aumento da frequência urinária e urgência para urinar, podendo também apresentar dor pélvica e sangue na urina (hematúria).
quando ocorre em mulheres jovens, não grávidas e sem alterações estruturais/funcionais do trato urinário
comorbidades, procedimento cirúrgico recente, gravidez, presença de disfunção anatômica, imunossupressão e antecedente de ITU na infância
identificação de mais de 100.000 unidades formadoras de colônia em exame de urocultura em paciente assintomática
ocorrência de dois episódios em seis meses ou três episódios nos últimos doze meses
(também chamada de ITU recorrente)
*Comportamentais: frequência das relações sexuais, número de parceiros, novos parceiros e uso de espermicidas
*Antecedentes pessoais de ITU
*Deficiência de estrogênio
*Alteração da flora vaginal (diminuição de lactobacillus)
*Prolapsos vaginais e outras alterações uroginecológicas
*Antecedentes pessoais de ITU
Realização de anamnese (história clínica) e exame físico detalhados. Mas por quê? A identificação de fatores de risco é de extrema importância, não só para o diagnóstico, mas para direcionar o tratamento e seguimento posteriormente.
Pontos importantes:
não é necessária a realização de exames, sendo os sintomas suficientes para direcionar o tratamento (tendo em vista a natureza previsível das bactérias causadoras)
febre e dor lombar (sinal de Giordano) são indicativos de infecção do trato urinário superior
Há algumas diferenças entre o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde/FEBRASGO e o CDC(Center for Disease Control and Prevention)
*Fosfomicina 3g dose única;
*Nitrofurantoína 100mg 6/6 hotas por 7 dias
*Fosfomicina 3g dose única;
*Trimetropina-sulfametoxazol DS 160/800mg 12/12 horas por 3 dias;
*Nitrofurantoína 100mg 12/12 horas por 5 dias
*Profilaxia pós-relação sexual;
*Profilaxia contínua;
*Auto tratamento intermitente
*Trata a atrofia genital;
*Estimula a produção de lactobacilos no epitélio vaginal;
*Reduz o pH vaginal;
*Evita a colonização vaginal por patógenos
Uro-Vaxom (vacina capsular oral que contém cepas de E. coli). Estudos ainda em andamento para definição do melhor esquema terapêutico.
Atenção especial às gestantes e as tentantes.
inibem a adesão do E. coli ao urotélio por bloqueio das fímbrias das enterobactérias.
Sem eficácia comprovada.