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Cistos Ovarianos

TERATOMA

O que são os cistos teratodermóides (ou simplesmente, teratomas ovarianos)? Em geral, são cistos benignos que se formam por uma diferenciação das células embrionárias ovarianas, podendo dar origem a diversos tipos de tecidos dentro desse cisto.

Parece Estranho? Pois bem, é mesmo.

O conteúdo desse cisto pode ser de pele, cabelo, unhas, dentes, ossos, gorduras, etc… Como essas células embrionárias são totipotentes, elas podem dar origem a todos os tipos de tecidos humanos.

Qual a Clínica desta Patologia?

Grande parte das pacientes são assintomáticas, descobrindo a existência de cistos ovarianos apenas durante o seguimento de rotina ginecológica.

Em alguns casos, os cistos pode assumir grande dimensão, gerando então os sintomas (que acabam sendo inespecíficos, isto é, podem ser desencadeados também por outras doenças):

Dor

(tanto pélvica/abdominal como durante a relação)

Dificuldade para urinar ou evacuar

(por compressão desse cisto sobre a bexiga ou o reto)

Sintomas de alarme:

sudorese, mal estar importante, taquicardia e taquipneica!

*Porquê sintomas de alarme?
Podem ser indicativos de torção ou rotura ovariana, merecendo uma rápida avaliação e conduta para evitar possíveis complicações, como hemorragia e hipóxia do tecido ovariano.

Como se Faz o Diagnóstico?

Após o exame físico, em caso de suspeita (massa anexial palpável, dor intensa no abdome, alterações urinárias ou intestinais), deve-se realizar exames de investigação para confirmar a hipótese diagnóstica.

Ultrassonografia e Ressonância Nuclear Magnética:

os exames de imagem identificam com precisão alterações ovarianas, além de fornecerem informações adicionais, como sinais da torção (através da avaliação com Doppler colorido) e sinais de rotura (por acúmulo de líquido na cavidade pélvica);

Bioquímicos:

o teste de gravidez (beta-hCG) deve sempre ser realizado para tirar a dúvida desse possível diagnóstico, devendo também ser realizada a coleta do marcador CA-125 (antígeno do câncer), para descartar eventual suspeita de malignidade.

Videolaparoscopia:

permitindo a visualização direta dos ovários, permite o diagnóstico e tratamento ao mesmo tempo.

A Videolaparoscopia é de Fato a Melhor Opção de Tratamento?

Sim, pois além de oferecer melhor estética para a paciente, é uma cirurgia segura, com menor sangramento e melhor recuperação pós-operatória.

Mas a Cirurgia está Sempre Indicada?

Não.

Por isso é importante a avaliação de um especialista para definição do tratamento individualizado.

A história da paciente, somada aos sintomas e as alterações presentes (tamanho do cisto, exames bioquímicos), além do futuro obstétrico desejado, é que vão ser determinantes na conduta a ser tomada, sendo sempre uma decisão conjunta da paciente com o médico, com a paciente tendo a autonomia para decidir a conduta final.

Fator de atenção!

O fato de que cerca de 2% dos cistos podem se transformar em tecidos com malignidade reforça a questão da importância de um seguimento ginecológico especializado e de qualidade, oferecendo a você o melhor cuidado possível.

Endometrioma Ovariano

Nada mais é do que a endometriose que se instala no tecido ovariano, gerando ali suas repercussões.

Qual a Característica do Cisto?

É marcante, um conteúdo denso e achocolatado.

Quais as Causas e Sintomas?

Como se trata da endometriose (ovariana no caso), todo o quadro clínico é semelhante.

A paciente pode apresentar dor pélvica, dor na relação (dispareunia) e dificuldade para engravidar.

O Diagnóstico é Semelhante Também?

 Sim. Além do exame físico, exames de imagem (Ultrassonografia e Ressonância Nuclear Magnética) e bioquímicos (marcador CA-125) auxiliando no diagnóstico e seguimento.

Mas o padrão-ouro é a Videolaparoscopia, que permite a visualização da alteração e a remoção da lesão, fechando o diagnóstico histopatológico da endometriose ovariana.

Por fim, Como é o Tratamento?​

 Acima de tudo, individualizado. Cada paciente tem suas particularidades e a conduta definida para cada caso é sempre definida em conjunto (paciente-médico).

Clínico

Bloqueio hormonal com anticoncepcionais contínuos, DIUs hormonais ou Implanon

Cirúrgico

Através da Videolaparoscopia, a melhor técnica consiste na remoção de todo o tecido do cisto endometriótico, promovendo maior preservação do tecido ovariano (pensando tanto na produção hormonal quanto no futuro obstétrico).

Curiosidades

Paciente com endometriose ovariana tem uma chance 6 vezes maior de apresentarem concomitantemente endometriose profunda infiltrativa (inclusive comprometimento intestinal)
Infertilidade:

ocorre pela interferência no desenvolvimento dos oócitos e embriogênese, além do fator anatômico (distorção por aderências ou pelo tamanho do cisto) que dificulta a captação dos oocitos;

Otratamento apenas da endometriose ovariana (sem resolver os demais focos de endometriose) podem não acabar com os sintomas da paciente:

isso ocorre porque o número de fibras nervosas nas lesões do ovário é menor do que nas lesões identificadas nas lesões de endometriose peritoneal, ligamentos uterossacros e septo retovaginal, por exemplo.

*Isso reforça a importância da avaliação pré-operatória adequada para um planejamento minucioso e garantia de uma eficácia do tratamento a ser oferecido.