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Doença Inflamatória Pélvica (DIPA)

COMO OCORRE?

Os principais agentes causadores são a Clamídia (Clamidia) e o Gonococo (Neisseria). A doença acontece por uma ascensão desses patógenos pelo trato genital, gerando quadro de endometrite, salpingite e, quando mais grave, peritonite (nesse estágio os sintomas são mais proeminentes e a queixa das pacientes torna-se maior).

Fatores de Risco

Merecem atenção pacientes tabagistas, múltiplos parceiros, episódio prévio de DIPA e usuárias de DIU (no primeiro mês após a inserção).

Como é Feito o Diagnóstico?

A paciente em geral se apresenta na consulta com quadro de dor em região pélvica, referindo dor na relação sexual (dispareunia) e corrimento de aspecto purulento.

A confirmação diagnóstica vem do exame físico, no qual se identifica dor durante a mobilização do colo uterino e na palpação dos anexos, além do exame especular com identificação da secreção vaginal purulenta.

Tratamento

Como Deve Ser Feito ?

O esquema terapêutico pode ser feito por duas associações:

- Ceftriaxone 250mg intramuscular + doxiciclina 100mg via oral 12/12h e metronidazol 500mg via oral de 12/12h por 14 dias

- Ciprofloxacino 500mg via oral 12/12h + azitromicina 1g via oral

Sempre tratar o parceiro

E se a Paciente for Usuária de DIU?

O tratamento pode ser realizado sem a retirada do DIU, mas caso a paciente não apresente melhor clínica dentro de 48 a 72 horas, ele deve ser retirado.

Qual a Principal Complicação da DIPA?

A evolução do quadro com o surgimento de abscesso tubo-ovariano é a principal complicação, suspeitando-se dela quando as pacientes não apresentam boa resposta ao tratamento antibiótico.

O diagnóstico do abscesso tubo-ovariano é feito mediante exames de imagem (ultrassonografia ou ressonância magnética).

A indicação de cirurgia se dá quando a paciente apresenta ruptura do abscesso ou quando o abscesso persiste ou aumenta mesmo em uso de antibioticoterapia adequada (falha ao tratamento clínico).

Algumas complicações do abscesso tubo-ovariano são: infertilidade, aderências, hidrossalpinge, gestação ectópica e síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (aderências hepáticas).

A principal via cirúrgica é a videolaparoscopia, que permite ótima visualização e abordagem direcionada e minimamente invasiva, promovendo maior satisfação estética para a paciente e recuperação significativamente mais rápida.