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Hidrossalpinge

A definição e nomenclatura de qualquer alteração decorrente de acúmulo de secreção depende
do conteúdo ali presente:

Líquido = Hidrossalpinge
Sangue = Hematossalpinge
Pus = Piossalpinge

 Cada um tem suas características particulares, mas de modo geral, todos geram o quadro clínico e suas repercussões pelo comprometimento causado à trompa uterina (ou às trompas uterinas).

E Quem Causa essas Alterações e Como Desencadeiam a Doença?

 São diversas as causas, como processo infecciosos, cirurgias prévias, aderências e endometriose.

Omecanismo que explica o surgimento da hidrossalpinge (ou das outras alterações tubárias) se dá pela obstrução das fímbrias (parte distal das trompas), gerando o acúmulo de líquido dentro dela.

As repercussões?

Menores chances de granvidez espontânea e maiores chances de complicações em caso de sucesso na gravidez, como a gestação na trompa uterina (gravidez ectópica). Inclusive, se quiser saber mais sobre essa complicação, basta acessar meu site pois tem um texto completo para você.

Seguindo, a hidrossalpinge reduz em 50% a taxa de sucesso da FIV (fertilização in vitro). Além disso, o líquido inflamatório retido dentro da trompa contribui para aumentar a taxa de abortamentos espontâneos.

São prejuízos físicos e emocionais imensuráveis e que podem ser resolvidos com um acompanhamento integral e individualizado de cada paciente.

Sintomas: Diversos e Inespecíficos!

 Muitas vezes as pacientes são assintomáticas, descobrindo que apresentam algum comprometimento na trompa uterina pela dificuldade de engravidar.

Algumas pacientes podem apresentar sintomas variados e geralmente leves, como dor pélvica, dor na relação sexual e quadros de corrimentos vaginais.

Lembram de algo? Esses sintomas se assemelham aos da endometriose. Por isso reforço que o acompanhamento por um especialista pode trazer a segurança que você merece, fazendo a investigação correta e o diagnóstico preciso.

Afinal, Como é Feito o Diagnóstico?

 Exames de imagem, como a histerossalpingografia e o ultrassom transvaginal (ou ultrassom pélvico abdominal) podem diagnosticar a patologia na trompa uterina.

Já com a laparoscopia, além de identificar visualmente a alteração, é capaz de realizar o tratamento dessa paciente, que pode ser feito de algumas formas (e técnicas distintas).

Pacientes que realizam a cirurgia de salpingectomia (retirada da trompa) ou oclusão tubária proximal possuem efeitos similares na melhora do ambiente para uma futura gestação.

Portanto, a cirurgia deve ser oferecida a todas as pacientes, sobretudo antes de transferência de embriões, como pontuei acima (haja vista as complicações da doença).

Caso a Paciente Não Deseje a Remoção da Trompa

Há vantagem na preservação da trompa com a realização de uma cirurgia conservadora?

A chamada salpingoplastia ou fimbrioplastia podem aumentar a chance de gravidez espontânea em algumas pacientes, mas atenção: há aumento no risco de gestação ectópica após cirurgia tubária.

Some-se isso ao fato de que, em caso não alcançar a resolução definitiva da doença, a trompa uterina comprometida pode reduzir a taxa de sucesso de gravidez espontânea vinda da trompa saudável, prejuízo esse gerado pelo acúmulo de líquido inflamatório persistente.

Atenção final

Muitas vezes o comprometimento da trompa ocorre por ação de bactérias que ascendem do canal vaginal para dentro do útero. Sendo assim, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (Clamídia, Gonococo, Micoplasma, Ureaplasma, Tricomoníase, etc) e o seu tratamento, quando necessário, reduzem as taxas de complicações, podendo evitar que um quadro de hidrossalpinge venha a se formar.